COTIDIANO
COTIDIANO
E na televisão o noticiário prossegue
Roubaram dinheiro, vidas, cheques
Vou ouvindo e me sentindo nua
A fantasia se desintegrando
O pânico aumentando
Me deixando a vontade de fugir da rua.
E fujo.
Pra dentro de mim mesma.
Mas dou de cara com a palhaça
Que além de pagar ingressos "impostos"
Ainda dá a cara a tapa
Naquela urna de votos.
O circo é mesmo grande
Já não se mede o seu tamanho
Lá dentro da lona, gravatas e echarpes
Cá fora, vergonha, dor e embates
Por uma vida apenas digna
Mas quem consegue? - me diga!
A depravação prossegue
A fornicação prevalece
Cada dia um rosto novo
Agora foi o do Arruda
Deus nos acuda!!!
Só o cenário nunca muda
Continua sendo Brasília
Que esquarteja todo dia
O coitado do nosso povo!
06/12/2009