Atos

Posso até acreditar que esta próximo;

O ultimo momento, para mim, parece ser cada vez mais lúgubre.

O meu espaço cada vez mais apertado;

E o ar que respiro, agora, é oprimido por fogo e enxofre.

O meu futuro é túnel que não há, e nem nunca haverá luz no final.

Meu diagnostico: cárus

E a lume do meu ser, cada vez mais fraca, busca por sua voz...

Para dar ao meu coração um instante de esperança.

Um mosqueteiro é bravo!

Um mosqueteiro tem valor!

Um mosqueteiro morre com honra!

Uma honra que despojaram do meu ser, e já não mais existo.

Apenas um fraco coração me bate no peito.

Triste. Ouço o teu chorar;

E o teu choro é para mim a coisa mais linda.

E sou apático a este mundo;

Mundo do qual já não faço parte!

Já não sou do mundo, e o mundo não é meu...

Sou vil e pequeno diante do evangelho do meu mestre.

Evangelho que teimo em obedecer!

“E faço o que não quero...

E não faço o quero”

Todo o mundo diante de ti é apenas um vilório, pequeno, porem quando esta aos pés da cruz, vitorioso.

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 28/12/2009
Código do texto: T1999150
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