É, eu ainda sou Poeta
É, eu ainda sou, mesmo quando abandono o lar onde eu renasci das cinzas. Onde a vida fosse o sol, raiando nesse enluarar, eu saberia que eu ainda sobrevivi em meio as pedras que eu me deixei destruir. Onde só o re-sentir dos sentimentos ao pulsar na minha veia que bombeia o coração, eu renasco, reabro, reencosto.
É, eu ainda sou Poeta, com a indiferença do ser humano gritando aos meus ouvidos. Com a dor vivida pelo parto prematuro da incerteza viva dentro do meu ser. Ao som da calmaria presenciada no meu corpo quando balançar o corpo que em mim se forma, ao olhar dentro do infinito.
É, eu ainda sou Poeta, quando em meio a devasidão e confusão dos mundo que me cercam, eu ainda consigo sentar de frente a tela fria que me esquenta numa bela e triste segunda feira e recitar palavras. Ao lirismo incerto, imperfeito, insensato, evidente de ser eu, apenas uma poeta sem reconhecimento, mais intensa em viver.
É, eu ainda sou... Mesmo que não pareça, sou uma Poeta.