Dê notícias.

Onde estarão teus olhos brilhantes na próxima primavera,

Onde estará este lindo e discreto sorriso inteperante?

E teus tantos sublimes enleios, a placidez de tua quimera,

Cada um dos múltiplos fios de teus cabelos esvoaçantes,

Onde estarão guardadas as imensidões dos versos originais,

E tuas inúmeras rimas que promovem o encanto?

Onde ou em que baús estarão armazenados os velhos ais,

E a proporção imensa de carinho que enxugou o meu pranto?

Como estará a tua disposição cativa e afetuosa,

E como e onde, (com tua permissão), em me encaixarei nela?

Quais serão tuas previsões, e os teus planos de vida amorosa,

E se ainda, (por tua própria vontade), serei parte dela?

Onde terei reservado um espaço em tua história,

Ou se, abolido, não terei espaço algum?

Onde registrarás tuas novas glórias,

E se a mim não entregarás mais verso nenhum?

Preciso saber de ti e de tudo que a ti diz respeito,

Necessito destas informações sem atraso,

Careço saber por onde andas e o que tens feito,

Tudo o que for relacionado a ti em um curto prazo,

Mas o ideal, é que eu estivesse junto, confinante,

E conferisse a história por mim mesmo,

Que eu abreviasse meu sofrimento angustiante,

Te tivesse pertinho deixando a procura a esmo,

Mas como não sei em que lugares estarão teus brotos ardentes,

Nas contíguas primaveras, ou no seguinte verão,

Onde permanecerão estes discretos sorrisos absorventes,

Vou ficar te relendo nas poesias que guardo em meu coração!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/12/2009
Código do texto: T2002632
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