Brumas de 2009

Debruço-me no parapeito de 2009, mas não consigo identificar as marcas na geografia da vida. Ainda há muita bruma de incerteza e medo. Observo de longe as trilhas da jornada. Tateando a memória tento imaginar onde perdi o sonho, construí o cárcere, cavei justificativas... Encontro alguma lágrima ao perceber que a paisagem jamais se mostrará, pois, foi um trajeto insone, quase desespero. Quase... Debruço-me no parapeito de 2009 e redescubro o riso, com jocosidade desfaço as brumas e deixo cerrada a imagem nua com a perspectiva de uma nova trajetória.

Estou viva!