Carta para um amor distante

Carta para Quem amo

Para você, somente para você.

Meu amor, minha vida,

Como li na sua mensagem dirigida a mim, que hoje não seria possível nos encontrar, passei a jogar para fora os meus sentimentos mais puros e cristalinos que expressam a pureza do meu amor, antes recolhido no peito e agora chora de alegria por encontrar sua outra metade e sair da solidão vivida.

É por isso que, escrevo esta prosa para oferecer a você, sabe por que?.

Quero sorver com loucura e amor o a meiguice dos teus lábios, sentir nossos corpos fortemente abraçados, arrebatar de tua boca a seiva do prazer que nos levará ao paraíso e não mais querer voltar.

Atente para o amor, pois o amor verdadeiro difere do amor comum; não pode ser uma obrigação, porque ele é o sentimento mais puro que emerge de nossas entranhas, é a introspecção da alma, há que ser espontâneo e natural.

O amor não pode ser forçado, porque ele flui naturalmente.

Ninguém deve amar por amar, há que extrair de si

Tudo que existe do mais puro na alma, e entregar à pessoa amada.

Quando a voz nunca vai ser ouvida é porque já se perdeu no infinito sombrio da solidão. Quando a alma penetra nos labirintos das sombras da estupidez, a voz emudece, os olhos choram, o coração lamenta e a alma passa a vagar tumultuosamente nas encruzilhadas sombrias de um mundo vazio e desconhecido, a procura do nada.

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A vida não é desprovida de sentido, mas o amor pode chegar à “fronteira do nada”. Um encontro final e depois o esquecimento.

Às vezes a separação motivada por uma breve viagem de um membro do casal, poderá causar saudade àquele que fica ou de quem se ausenta. Essa ausência atuará eficazmente nos corações de quem ama, reascendendo as chamas do sentimento e do amor pela pessoa amada.

É quando acontece a pausa que impele à restauração do objeto de desejo e afeição do ente querido. É a paz que renova; é o calor do amor que ferve o sangue das artérias; é o efeito da sublimação que transcende às estrelas; é o chamamento para a vida e para o amor.

Luiz Pádua, 07-01-2010

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 08/01/2010
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T2018292