"Castelo na Areia"

Mira só:

Estes seus beijos intermináveis.

Esta sua mania de mim.

Esta sua repressão sobre mim.

Esta minha rebeldia "Bela Adormecida".

Este teu sabor de cobre.

Este seu cheiro de você, de regressão.

Este grande amor que tens por mim.

Cinicamente à ignorar:

Tudo eu não sei o por que.

E agora que me perguntas só digo:

- não sei, não sei e não sei.

Um problema existencial, já deferido:

Se contigo caso ou se vivo.

Se te olho sem comparações.

Hipocrisia:

Porque você é o infinito.

Como o amor que sinto por você.

Frustração em desempenho:

Sim. Você é paralelo à mim.

Sob um ângulo infinito,

um dia nos encontraremos?

Justificando esta linhas, perdidas como eu:

Ó santo comodismo.

Nula eu estou, como a dízima periódica,

já escrevendo banalidades inpensadas.

Como agora, como agora.

Eu como agora.