Relax, take it easy

O piano sola.

Nada quero.

Ele fala e eu imagino.

No fim, tudo é imaginação e somos todos solitários.

Buscando.

Fugindo.

Sonhando...

Resultados de condições:

Lugar.

Corpo.

Alma.

Tempo.

Quens.

Ninguém.

Alguém.

Corro pelo campo e não sei quem sou.

Corro pelo campo e nenhum parâmetro.

Corro pelo campo e ele não me cobra.

Corro pelo campo e não há marca:

nem chegada,

nem saída,

nem manobra.

Sucesso é sobra.

É fim

É nada por fim.

Acomoda.

Meios não nos deixam inteiros.

Fim nos enterram...

O que quer que eu faça ?

Como quer que eu diga ?

Como quer que eu aja ?

O que espera que haja em mim

depois de apertado o botão

play ????

Game-Over ??

Me olhe. Me toque. Sinta quem sou.

Me olhe. Me toque. Sinta quem sou.

Me olhe. Me toque. Sinta quem sou.

Não me iluda com teu medo.

Não me cubra com teus receios.

Não descubra antes do tempo

o que te guardei com tanto carinho...

No meio estou pedindo.

No fim estou sozinho.

O campeão levanta a taça.

As fotos.

As entrevistas e manchetes.

Amanhece.

Autógrafos.

Reamanhece e o mínimo será aquilo.

Reanoitece e nos cansamos de tudo isso.

A música toca.

Mika.

Agora já é outra.

Outra pessoa conhecerei em breve.

O que me acontecerá ?

E a ela ?

com que meio nos levamos ?

não estou afim.

MAS O PULSO INQUIETO DESSE TUDO AO QUAL DAMOS INÚMEROS NOMES PARA CRER QUE CONHECEMOS E CREMOS E SABEMOS PRÁ ONDE ESTAMOS INDO ESTÁ SEMPRE EM EREÇÃO PULSANTE ESPORRANTE EM GOZO ALUCINANTE E SE AQUIETEM NA MONTANHA RUSSA OU BERREM QUE ELA GIRARÁ E É SÓ UM MÍSERO BRINQUEDO DO PARQUE DE UMA CIDADE DE UM PAÍS DE UM PLANETINHA À-TOA QUE PASSARÁ COMO SEU SOL E NOSSA LISTA DE COMPRAS NO SUPERMERCADO COM SEUS CARTÕES QUE NOS ACORRENTAM QUAL RODA GIGANTE FIXA NO MESMO ESTÚPIDO LUGAR.

Estou indo lá.

Vamos ?