Pingos de   
                       
Amor       

 

O corpo ardia ou queimava, não sei bem, sei que precisava de você – urgente.

O calor espalhava-se como brasa em minha pele.

O suor descia, como uma cascata.

Pensava em você e em como só você poderia aplacar esta fúria calorosa que tomava conta de mim. Ainda tentei um banho, mas a água parecia acender o calor. Sai do banheiro tão “quente” quanto entrei.

Fechei os olhos e deixei que a música e a luz que antecede sua chegada embalassem minha espera.

A natureza em festa parecia preparar-se para testemunhar nosso encontro. Coloquei uma roupa adequada e esperei você chegar, com aquele jeito inconfundível de querer me envolver por inteira, de me abraçar de um jeito que só você sabe. Tocar minha pele com suavidade e ir aumentando a intensidade a medida que me entrego ao prazer de ter meu corpo completamente envolvido pelo toque aveludado de seus longos beijos.

Olhei o horizonte e percebi um arco-íris. Você estava indo em outra direção. Quase chorei ao ouvir os trovões cada vez mais longe.
O vento dobrando a esquina fazia coro comigo e parecia dizer: Que pena que você não veio!

A chuva que esperei a tarde inteira foi cair em outro lugar e deixou-me aqui, louca de calor e desejo de me encharcar em seus pingos de amor.


Este texto foi escrito para o Exercício Criativo de hoje, mas ontem, depois que li o texto de Malu http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=18977,
achei que deveria mudar, tratávamos do mesmo assunto e ia ficar parecendo uma cópia mal feita do maravilhoso texto da malu rsrsrsr.



Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 19/02/2010
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T2096426
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