A REALIDADE ESPANTA AS BORBOLETAS

Sei lá porque fico aqui na varanda do quarto/escritório querendo ver borboletas pousarem em meus cabelos, sabendo que o mundo não pára e o mundo somos nós! o Haiti, o Brasil... a Conchinchina (viajei).

Meu “eu” mais responsável diz isso sempre, me cutucando; e odeio ser cutucada.

Meu parceiro me faz ver luzes coloridas no maior céu nublado! Também sacode meus ombros para essa realidade que nos cerca e nos empurra veladamente, essa realidade de capuz cinza, a coorr nneeuutraaa (voz de fantasma).

Mas quero borboletas em meus cabelos!! E só não bato o pé, porque quando fazia isso levava boas palmadas de minha mãe, há alguns anos atrás.... Tá! Há muitos anos atrás. Péra! Não empurra vida!

Sei que tenho que estudar, escrever, lavar a roupa, ligar para minha mãe, tomar meu remédio... péra! Tô indo...