O BARCO

O BARCO

Ele continuava a navegar, sobraram poucos tripulantes.

Ao passar pelos cais sempre desembarcavam passageiros. Conta-se os dias, mas resistem bravamente, tem muito amor em sua missão, levar a todos os cantos, os cantos, os poemas, o som da viola e o violão, um pouco de alegria. No passado plantaram em pedras, mas sobraram sementes mágicas, plantaram em solo fértil, regraram quando veio a seca. Algum tempo depois, rompendo a terra surgiram as primeiras folhas, resistiram a calmarias e vendavais, lá estavam elas, sorrindo para o mundo.

“Um pé de causo” com acompanhamento de viola caipira, “o cão Trovão embrenhava no mato em busca de uma caça”.

Brotava também uma linda voz ao som de um violão, nasceu com grande força para realizar muitos sonhos, o Criador disse sim, pois tinha merecimentos.

Outra germinava contando histórias de seu jeito muito especial, do seu lado um “Gênio-sábio” que sabe realmente o que diz...

Rompendo a terra também nascia uma flor lilás chamada “secretária” , além de grande eficiência, surgiram belíssimos poemas filosóficos.

Nascia também com a luz dos prismas solares um “pé de cores” com a “Oração do pescador amador” em suas mãos.

Nos primeiros momentos surgia “ O poeta-declamador” com grande emoção mandava para o ar estas e outras com grande maestria.

Logo após uma voz uma voz feminina e forte se ouvia, movimentos de uma bailarina atriz , beleza e arte se fundem em uma belíssima declamação.

Em baixo de um velho jatobá um filho da terra vermelha de Goiás nascia um

“pé de emoção com alegria” sempre falando de rios e florestas.

Embarcavam novamente e começavam a remar em direção aos palcos da vida...

Edson

Edson Pintor
Enviado por Edson Pintor em 01/03/2010
Código do texto: T2114910
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