POR QUÊ?
Assim que o vento cessou
Assim, o vento minguou
[era pouca primavera para velar a só]
E levou o que não havia trazido
Nem de longe, nem por suspiro
Da adolescência, brotou a alva flor
E veio a temperança
Dessa dor com esporão e tentáculos
Que roça, que traga nossa alma
Açoita e sequer nos olha.
Às vezes penso na idade
Noutras, a ingenuidade rompe com a fúria do ser
É o átimo do pretérito
Rasgando as pétalas, sombreando os corpos
E dizendo adeus mais dorido que universo em chamas
É! O mundo vai se extinguir
Mas que seja logo, que seja já
Contudo, dê dias para o ”se” transformar-se em “oh!”
Para não chorarmos como choro
Para não dizer: por quê?