Labirintos do Coração

Não apanho dedos pra contar

Fórceps duros de roer

Levo ao extremo

E temo pelo retorno do texto falho

Meu momento carente de amor

Traz da dolorosa ausência, a introdução

Ceando a humanidade em ação

Pela perda irrefutável das aversões

Incorpóreas, malditas, deleitosas

Quantos termos julgados e condenados

A viver por milênios e milênios

Ardendo na miséria com a jaca ao pé

No sangue, todos os porcos de lã

Os quais zombam, introduzem e desmerecem

O apelo, o elã, o afã

Do envelhecido vinho

Do auspicioso pinho

Em rés melódicas e profundas

São amabilíssimos modos de amar

E, não longínquo, de se fartar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/08/2006
Código do texto: T213556
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