Imaculada Mente

Escrevo contos com a únhula da derme

Poesias cifradas e regidas, culto-as pela alma

Naufrágio em polvorosa, engates em composições

Férreas e internadas em casas de joão-de-barro

Escárnios de lixo e pó, sapientes do piche e nó

Pó sanguinolento, barraqueiro e mexerica ao léu;

Meus sacrifícios merecem dez nas alegorias

Acrobatas mascados, teocêntricos e réprobos

Margeiam a magia desgarrada em olhiagudos ases;

Ainda não temos a idéia do infundado

Se rosa for o naufrágio, verdejante pároco

(que reza nas horas do ônibus submergido)

Haverá sangue por todos os lados

Ratificando ditos de duende

E alimentando os fascínios da mente.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/08/2006
Código do texto: T213571
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