Imaculada Mente
Escrevo contos com a únhula da derme
Poesias cifradas e regidas, culto-as pela alma
Naufrágio em polvorosa, engates em composições
Férreas e internadas em casas de joão-de-barro
Escárnios de lixo e pó, sapientes do piche e nó
Pó sanguinolento, barraqueiro e mexerica ao léu;
Meus sacrifícios merecem dez nas alegorias
Acrobatas mascados, teocêntricos e réprobos
Margeiam a magia desgarrada em olhiagudos ases;
Ainda não temos a idéia do infundado
Se rosa for o naufrágio, verdejante pároco
(que reza nas horas do ônibus submergido)
Haverá sangue por todos os lados
Ratificando ditos de duende
E alimentando os fascínios da mente.