Ao Equinócio da Alma no Outono
 
Nesta paisagem interior da alma, a luz cruza o horizonte da esfera celeste do coração, eclipsando nossas emoções. Nossos olhos se voltam para as noites iguais da nossa mente, observando, silenciosamente, que uma metade da luz está acima do horizonte do coração, no mesmo momento que a outra metade está abaixo; aguardando por uma transformação interior. Nossas colheitas dizem o que plantamos na estação anterior. Que o leite derramado seja sempre um ato de agradecimento na terra dessa jornada, onde a vida continua a nascer em cada dia e morrer em cada noite. Os ventos levam as folhas secas dos nossos lamentos para o norte dos nossos olhos, em cada noite que esperamos pela volta de alguém que partiu. Seguimos plantando nas margens das nossas esperanças, as sementes que tiramos dos frutos dos nossos sofrimentos. Amadurecemos no mesmo tempo que eles, diante da luz que nossa fé irradiou no equilíbrio das nossas certezas mais lúcidas. Cada semente, para germinar, deixa-se morrer nas profundezas da terra, formando um novo grão de vida, pronto para novos ciclos da natureza. O equinócio do outono é a passagem da luz do amor na alma, no horizonte da esfera celeste do coração.

Que toda forma de amor tenha a proteção infinita do Universo, hoje e sempre!
Helen De Rose
Enviado por Helen De Rose em 20/03/2010
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T2149522
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.