Maria Ninguém

Curte a amizade. Simples e sem malícia .

Senão perfeita,ao menos que dê para a encomenda.

Quase nada espera.

Não faz par com a ironia, com quem judia

no dia-a-dia pouco inspirado.

O que resta tem que ser vivido com alguma intensidade.

Sem maldade. Não dá mais tempo pra imparcialidade.

Nem para a falsidade.

Existe a vontade de ser e ter amigos de verdade.

Voar livre em sonhos e fantasias sem tombos,

trancos, arroubos fora de sintonia.

Não guarda rancor, mas não se aproxima de

onde possa vir fealdade.

Dá basta a vista de qualquer perversidade.

Ojeriza de estrelismos, brilhos enganosos ...

brinca e corre livre em risos .

Tem o 'pódio ' de quem percebe o fim sem troféu

e solta as pipas ao léu, sem objetivos.

Só cantando a intimidade com a bonança e a vivacidade.

Sem véu ou máscara protetora contra a autenticidade .

O que resta é para viver em fiel igualdade.

Sem núcleos, sem pontas, arestas,

sem clube dos bonzinhos, dos equivocados,

dos poderosos.

A sua alma em festa ou em mortalha

fazendo o gozo ou não ,

vive bem . Sabe reconhecer o que é bom .

Sem privilégios ou qualquer vaidade.

Segue a reta assim fazendo a sua verdade ,

da Maria-Ninguém a Maria-Felicidade.

Amor e amizade é o que ela quer e tem.

Para o Fundo musical >

Maria Ninguém- João Gilberto ( Carlos Lira)

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luferretti
Enviado por luferretti em 15/08/2006
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