A que se vai

Cai a chuva!

A noite lancinante e lugúbre me fala de saudades,

ou de insuficiência de mim mesmo.

Neste andar a esmo sob a chuva que lava a alma,

a calma se vai, como se vão os sonhos,

lavados de coisa alguma.

Qual lamento triste, um portão range

a dor de sua despedida tão fria

como a chuva que lanha minhas costas com sua língua gélida.

O pior de tudo é que seu beijo de despedida

não vicejou o doce esperar de sua volta"

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 03/04/2010
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