LAÇOS DE UMA CHAMA

Um véu, névoa encoberta...

Frieza? Camuflagem?

Brumas, fumaças - sobras de uma fogueira??

Restou uma brasinha - minúscula...

Que de tão teimosa não se apagava.

Volta e meia uma leve brisa a reavivava

Trazendo consigo acalanto, saudades, lembranças...

Por dias povoavam meus pensamentos

Ái brasinha danada - mesmo com toda água

Não apagavas...

E de repente tão pequenina como estavas

Num crescente mágico e surpreendente

Explodes como um gigantesco vulcão

Bravo te agitas, esbravejas,

Lanças fumaça, treme o coração,

Tudo corre, tudo foge

Abrem-se fendas e das suas entranhas

Brotam silentes emoções, sentimentos

Que como larvas quentes no seu colorido ardente

Colocam em dúvida o que temos pela frente.

De um lado o coração

Surpreso, aos saltos acelerado

No meio a incerteza trava a sua batalha

E do outro lado a sábia razão prevalece.

O vulcão se aquieta - deixando exposto

Um laço visível, forte e marcante

Nesta chama remanescente.

Beatriz Knorr
Enviado por Beatriz Knorr em 05/04/2010
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