AMOR CONTIDO
AMOR CONTIDO
Assim vou entregando-me
Ao desconsolo de não vê-lo,
Minha alma sonolenta
Dorme com o meu lamento.
Venha amar-me com ternura,
Venha tirar-me da loucura
De um futuro sem ventura.
Vivendo sem a geometria
Do teu corpo a seduzir-me
Nas noites que sem ti eu vivo.
Em meu peito mora um desejo
Abrasado de amor contido,
Descortinado para o infinito,
Na insanidade de um querer
Que nunca me deu abrigo.
Uma felicidade distante,
Uma esperança viajante,
Aguardando tua chegada
No frio quarto que não
Conhece o descanso
De um amor sereno
Confortante.
MÁRCIA ROCHA