Trás dos Montes

Bate aldrava o obcônico da sorte

Badala ao seu ritmo, às suas vezes

Inexatas dobras dum canto hipotético

Desvanecendo à ordem do dia, o poeta.

E neste embalo, seguem as formigas

Pelas baixadas dos terrenos côngruos

Meu tormento a marulhar três berros

Aceso o incenso na cumeeira arregalada.

Tantas jornadas, labor de caixote

Embolorado corte embolado em chamas

Não se negam aos quedes detalhes

Tresandados orifícios suculentos.

Entre a terra e o céu, da ameba ao léu,

Novidades se politizam, armam-se

Entre a vaca e a baleia, da malva à teia

Muita sede passa por debaixo da ponte.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 18/08/2006
Código do texto: T219453
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.