Lembranças de mim

Lembras de mim quando te deitas,

Olhando a estrela que brilha lá fora;

Buscando na mente a imagem nossa, espreitas,

Do dia, da tarde, da noite... Da hora.

Lembras do tudo vivido, do riso gemido;

Do entra e sai da viagem nua,

Do suor de prazer, do líquido sorvido;

E de que no ápice gritavas "sou toda Tua!".

Lembras das palavras, do ato de fato;

Do dito, que dito, tornou veredito...

Lembras das juras e de tantas perjuras,

Que atacam, maltratam e matam.

Lembras do carinhar... Do acariciar,

Que de tão especial, só em tocar fazia arrepiar;

Do gosto salobre... Do cheiro do amor;

Da brecha saliente à jorrar intermitente.

Lembras de mim ao ouvir a canção

Que embalou, na juventude, a emoção.

O caderno, a pergunta, a questão,

Que embalou em definitivo esse coração.

Lembras de mim no perfume no ar,

Num som, numa voz, num violão ou numa canção...

Do riso, da gargalhada estrondosa, ou da reflexão;

Das piruetas e piadas, e de tantas coisas engraçadas.

Lembras de mim quando tão triste sufocas.

Na mente, por um momento suplicas...Meu nome evocas.

"Onde estás meu amor?", procuras-me assim!

São apenas lembranças... Lembranças de mim.

Lembrando de ti, assim,

Consegui lembrar um pouco de mim...

PaPeL
Enviado por PaPeL em 15/04/2010
Reeditado em 15/04/2010
Código do texto: T2199275
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