MIL  VEZES...

Mil vezes hoje eu te diria do meu amor
tomaria teu corpo em poesia
trêmulo em palavras sem fonemas
beberia o cálice da paixão
confessaria meu amor em prosa e verso por ti...

Mil vezes hoje cantaria para ti em sol maior
todos os acordes que meu peito agora chora
desenharia o mapa de teus beijos
em minha boca sedenta
sem renegar a luz que hatita em teus olhos...

Mil vezes hoje meu amor se disvirtua
para teus braços ,
num abandono que só o tempo ,sem pudor,
escreve magia nas linhas da linguagem
de um coração sofredor...

Mil vezes esse olhar que me apunhala
é o mesmo que engole a ternura de
lavras e tremores, orando a carne
de desejos a mim cativos...

Mil vezes me mato em saber
que perdi nos desencontros da vida
aquele que habita meus dias de solidão,
enquanto teu nome grito aos céus
morrendo aos poucos de desamor...