NOITE

No cansaço das horas rasgo os papéis da noite.

Nas estrelas caídas vasculho a luz que esmoreceu.

A lua esconde-se nas minhas costas...

Escurece ainda mais o cansaço dos teus olhos.

Como o lobo que vagueia uivo perdida do meu som.

Faço desvios em busca da presa do prazer

E devoro-a na madrugada que se sucede à noite.

Sigo um ritual que se desintegrou e escurece.

E vou escurecendo nas noites sem papéis...

Mónica Correia
Enviado por Mónica Correia em 23/08/2006
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