Jovens do Século XXI

Somos tão jovens. Indecisos. Sem máculas. Sem risos. Somos todos iguais. Mesmas entranhas. Somos como tais. Almas estranhas.Que caminho? Que estrada? Longe do ninho. Da velha morada. Somos jovens, com sede de novo. Somos almas, que pegam fogo. Encruzilhadas. Desgraças mortas. E ali, cansadas. Nossas escolhas tortas. Mas e o tempo? Inimigo. Somos jovens. Sem alento. Sem sentido. Sem sentir. Sem amar. Vulgarizaram-se os verbos. Antes de tudo. Do nosso estrear. Pegamos o mundo. Imperfeito. De carona.Num mesmo conceito. À procura. De ilusão. Encontramos a cura: distração. E distraímo-nos. Feito tolos. Porque aprendemos. Com os bobos.

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 04/05/2010
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