O dia de amanhã

Colocar os pés no chão e sentir a terra firme sob teus pés, te faz sentir parte de um universo, da vida de outro mundo, onde você se torna uma coisa só, talvez um plasma, uma gosma que se derrama lentamente no pó da terra.

Seria como se terra e céu se encontrassem e você mergulhasse em vôo alucinado para este oceano de sonhos e miragens e dele fizesse parte.

E quem sabe dali um novo ser irá surgir. Só espero que não mais uma mulher de outro mundo, mas uma mulher centrada, que sabe o que quer e para onde deseja ir.

Uma nova mulher !

Mas parece tudo confuso. Até mesmo minha fala, que explode em todas as direções.

E dali, dessa bússola desorientada, também me olho, contemplo o norte e o sul de minha vida, abrindo os olhos para o nascer do sol à leste do meu caminho.

É para lá que eu vou ! Caminho sem parar. A andarilha em marcha outra vez !

Quem sabe desta vez, para sentar no banco do jardim e esperar – como criança que espera um doce - o espetáculo maravilhoso do alvorecer !