Aos Ouvintes deste Ébrio
Beleza supérflua
Reles e mascada
Sofisticação da alma
Relógios de ponto nas pernas das moças
Sobejando o que temos
Pífias angústias
Nem nos privamos da catacrese
Imunda e viril ao dobrar do obcônico
Tenha pouco de extrema ladainha
Um fórceps a marchar, dengoso
Meu medo é o temor que doto
O alvo e escuro copo de vidro
O indo e o vindo que nos faz palrar
Faz-nos entediar com funestos dardos
Com pontas a lanceolar precoces
Frutas de época nos solidificam
Abrem-nos encantos
A nos despencar dentro do abismo.