Do Fogo Pálido

Da insignificância dos que vivem debaixo do sol.

Do sofrimento que presenciam, sendo vítimas inescapáveis.

Dos que clamam por piedade ao oculto, como um conforto: amenização de um desespero.

E a vontade de responder às perguntas

Cheira forte... ou tem gosto de fel...

A lágrima corre ao pensar naquilo tudo a que se valoriza

Mesmo que brote após sentir a punhalada da perda.

O sonho vem como fuga

Mas o despertar ávido no alvor do amanhecer

Cobre cor indefinida a esperança inconsciente

E o ardor que o sucesso busca, borbulha ao ferver

Vendo suas asas sangrarem ao lançar-se às alturas.

E já não se sabe mais se o fogo que queima

Apenas destrói, ou ajuda a construir.

Bruna Sommer Farias
Enviado por Bruna Sommer Farias em 31/08/2006
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