Do Fogo Pálido
Da insignificância dos que vivem debaixo do sol.
Do sofrimento que presenciam, sendo vítimas inescapáveis.
Dos que clamam por piedade ao oculto, como um conforto: amenização de um desespero.
E a vontade de responder às perguntas
Cheira forte... ou tem gosto de fel...
A lágrima corre ao pensar naquilo tudo a que se valoriza
Mesmo que brote após sentir a punhalada da perda.
O sonho vem como fuga
Mas o despertar ávido no alvor do amanhecer
Cobre cor indefinida a esperança inconsciente
E o ardor que o sucesso busca, borbulha ao ferver
Vendo suas asas sangrarem ao lançar-se às alturas.
E já não se sabe mais se o fogo que queima
Apenas destrói, ou ajuda a construir.