VEM SER COMO EU

Assim, alegre, mas puto da vida.

Assim, triste, mas cheio de vida.

Vem ser como eu.

Sem papas na língua.

E sem bispos atravessados na garganta.

Vem se descontrair.

É bom chamar urubu de meu loro.

É bom chamar a polícia.

Tem horas que a poesia permite afrontas.

Vem compor o BOPE.

Batalhão oficial de poesias especiais.

Os tiros serão fatais. A poesia não morre.

Nem morre o morro.

Nem vai morrer quem não seguir o trio eletrico.

É bom chamar a polícia.

Nessas horas, ser como eu é ser um indício certo.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 13/06/2010
Código do texto: T2317975
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