O Rumo das Letras
O vurmo úmido espia o caos palhaço
Mais soletra que estanca a cor
Raspando beiradas, infames se encolhem
E continuam a segredar.
Parece âmago esguio e barulhento
Pois é marmota velejando no mar
Falsos cognatos beijam negros pés
Dos montes, das mesas.
Silabada de fluido depena a codorna
Indocilmente, crava a tal faca no peito
E vem a catacrese no aguardo do mundo
Pessoas são totais mendigas das palavras.
No romper do fio, janta a marmelada
Risadas coradas invadem o palco
De besteiras, papéis se fartam, aos montes
Há pesar na contramão da pena.
De antemão, ciciam fonemas puríssimos
A contar pros outros, fúfias histórias
O antônimo da acepção delirante
O piar do mudo a se chocar contra o chão.