Amnésia

É como se o tempo, estampado na parede desnuda de horas, interrogasse memórias. Manchado pela amnésia do líquido vindo de remota vinícola, o dia surge branco de suspiros e nuvens. Aeronaves rompem o silêncio com ruídos incolores no céu.

Algo que nada no respingo desta tecla faz minha mão pousar no ar para uma pausa, interrompida agora pelo apito do trem anunciando sua passagem na tarde. A Maria – Fumaça da infância desliza de uma célula e estampa um olhar de criança, que acena um adeus.