AMOR E SUAS DEMASIADAS FLEXÕES




Um colorido panorâmico no sentimento,
Faz remover montanhas e encurtar as distâncias,
O amor é tão abstrato que faz trepidações no coração,
Aciona fogo, rebate, se acovarda, e reina até com perdão,
Com misericórdia e ainda faz tantas perfídias,
É o amor, é só amor. Vejam só! Tudo é o amor.

Tudo é amor em suas formas oblíquas ou não,
Esse sentimento voraz e às vezes subalterno,
Enamorado, eloquente, leve e carinhoso,
Raivoso e contumaz muito vezeiro.

Um trio faiscante, relâmpago sem chuvas,
Quente sem fogo, frio sem gelo,
Clemente e às vezes inclemente,
Coerente e com chamas de coesão,
Combustível firme e acertado,
Quando não ata, torna-se incombustível,
Sem qualquer comiseração.

É o termômetro em tempo de paz,
O amor é um amontoado de quadros,
Com infindáveis histórias e estórias de cada um,
Coloquiais de cada mente com alcunhas ambíguas,
Não se entende o que é amor. Faça-o acontecer,
Será a melhor vereda sem tropeçar no desamor,
E não me pergunte o que é amor,
Só sei que é bom e vivo dele sem sentir dor,
O melhor de tudo é produzir amor,
Ser dono de uma fábrica amorável,
Mitigando a vida com qualidade.




ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 03/07/2010
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T2355132
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