Nunca a mesma desordem

Absurdos elásticos fazem morada dentro do meu estômago,

parasitas antigos.

Almoço tranqüila,

folheio músicas

e ouço livros com uma iniqüidade estranha.

Fumo.

Admito a exaustão do meu corpo ao fim de cada dia.

Sou incapaz de indignar-me com as coisas.

Sigo.

Nunca o mesmo caminho,

nunca a mesma camada,

nunca a mesma desordem.

Os recantos de minha inocência morreram de claustrofobia.

Gladys
Enviado por Gladys em 08/07/2010
Reeditado em 22/01/2013
Código do texto: T2366627
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