Te conheci fingindo ser uma flor que envergonhada e achando não gostares da cor me escondi entre as outras para que não me notasses, e eu já te amava.
Entrei discretamente pedindo ajuda como uma mulher não menos diferente das outras.
Nos olhamos e no meu olhar transmiti o meu pedido, que matasses a minha sêde e te escalei como uma montanha e aquela flor se dôou a ti por inteira.
Ofegante, tu que eu já amava, me arrepiastes a pele, me mostrastes teus sentimentos, deixando-te expor como um relógio humano onde os ponteiros nos mostram quantas voltas podemos dar.
O tempo passou e tu fizestes de mim, um relógio de ouro e depois jogou-me ao um canto.
Mas vivi teu amor e tua presença enquanto estivesses aqui,  te amei e fui muito amada.
Hoje relembro essa passagem da minha vida e com saudades lembrarei sempre e digo a mim mesma:
__Que importa se o relógio do tempo parou...fui feliz enquanto ele andou.