Todos os homens são meus irmãos

Século vinte! Guerras, discórdias, traições,

atentados à bomba, assassinatos, mortes

às milhares, suicídios, raptos, destruições

de cidades erguidas por gerações fortes,

incidentes de toda a espécie! Conclusão?...

O Homem combate seu irmão, sem ter razão.

Mas porquê?!...Haverá no Homem diferentes

elementos, formando o corpo de que é feito?

O sangue que, nas veias, desliza, às torrentes,

e o coração que encerra, cada um, no peito,

acaso serão gládios para combatermos

ou forte razão para nos desconhecermos?

Todos sabemos bem que os homens são iguais.

A corrente sanguínea que nos atravessa

o coração, motor de impulsos vitais,

e o cérebro, recheio da nossa cabeça,

jamais os poderemos conceber, jamais,

como armas para a morte dos nossos ideais.

Século vinte! Terra em frémitos de guerra,

rebuscas planetárias, sondas espaciais,

cruzando o etéreo espaço, emitidas da terra.

Homens trilhando a vida em momentos cruciais!

Assassinatos, drogas, espionagem, ciência,

sabotagem, miséria...mundo sem paciência!...

...somos todos produto do mesmo Criador,

fomos todos moldados pelas mesmas mãos:

pretos...brancos...vermelhos...não importa a cor.

No fundo, importa é que todos somos irmãos.