" Poesia na chuva"
 
Atravéz das cortinas,
parte uma tarde amuada!
Tem chuva lá fora,
que ora canta, ora geme!
Apanha a placidez da noite,
que vem descendo,
insolúvel no açoite
trespassando silhuetas
sob as rendas da cortina creme!
Despachando o lusco-fusco,
garante uma ilusão embaçada
com filetes de escuridão!
Um raio-trovão desfere uma punhalada,
sob uma túnica de prata a noite treme,
concebe, captura um sonho brusco
estancando, comprometendo
incertezas absurdas, ocas...
de uma madrugada sem previsão,
enroscada na pele, entorpecendo
segundos irrompendo...
cruzando olhares, refreando solidão!
Uma brecha neste silencio contagia,
debulha as frases, sorve o instante!
O seu sentir é crer e saber pra onde ir
e numa troca...
a imensidão bendiz, nega a heresia
troca palavras, além do mais, além de mim
O ápice declara-se servo, legado
à contracenar no palco da utopía
Dublando, ajunta-se ào estío...
a razão do ser, pra não omitir o fim
e num cálice de poesia
bebe um céu embriagado de noite!
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24/07/2010
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 24/07/2010
Reeditado em 24/07/2010
Código do texto: T2397595
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