Eutanásia do amor

Sinto você - de repente - de certa forma tão presente, mesmo estando – fisicamente – tão distante... Admiro a lua, mas não posso amá-la como gostaria; já que não posso senti-la, medi-la ou simplesmente tocá-la – mesmo que ocasionalmente, como amante real! É algo que está em mim como o ar que respiro, me envolve e me embala, me alegra e me entristece de forma natural... Poderia ser um bem e poderia não ser, poderia ser também motivo de regalia, de sentimento exaltado, de troféu comemorado de forma passional! Experiência não vivida, apenas sentida! Palavras, simples palavras... não traduzem, certamente, o que está cravado no peito e descansa no próprio leito sem poder compartilhar. E dilui-se no tempo, no espaço, no infinito, praticando eutanásia no desespero da dor de não poder compreender o paradoxo de um amor tão sublime e bonito – impossibilitado fisicamente de amar. E literalmente se entregar! A distância se fez concreta... talvez possamos agora transpor! Coisas da vida, coisas do amor! 13/09/2006

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 15/09/2006
Reeditado em 10/03/2011
Código do texto: T240944
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