Conversa com Pablo Neruda

Buenas tardes, caro Neruda
Continuemos a nossa  conversa
Como em teatro, por peça
O ato prossegue,  mas nao muda.

Ontem tivemos uma conversa
Proveitosa e você me perguntou
Se há algo mais triste
No mundo que um trem imóvel na chuva.

Poeta, a pergunta de per si
Traz uma resposta subjetiva, individual
Mas respondo que há algo mais triste
Do que açambarca o seu sentimento.

No meu modo de perceber a tristeza
Há . . . suponho  que seja um ser perdido
Em si, sob um sol de inverno que ilumina
E não consubstancia o calor na alma.

Amigo Leandro, sei que todo humano
Nasce gênio, porém a formação básica
Traça caminhos diferenciados e com isso
Pode chegar a inibir a desenvoltura intelectual.

Neruda, com certeza todas as crianças
Gostariam de estar ao seu lado fazendo
Parte dessa indestrutível riqueza literária
Mas por que você se expressa desse jeito?

Porque faço perguntas para a posteridade
Do que gostaria de fazer quando criança
E aproveito para fazer uma pergunta
Conversa a fumaça com as nuvens?

Na minha opinião há um diálogo volátil
Às vezes, vejo apenas nuvens de fumaça
Olho para o céu e nao sei o que é nuvem
O progresso industrial dificulta meu responder.

O homem trilha por caminhos pedregosos
E eu tenho uma esperança de mudança
Na qualidade de vida na medida em que
Com o tempo o sucesso faz parte do sofrimento.

Mas é verdade que a esperança
Se deve regar com o orvalho?
Penso, Neruda, que ver de perto esse fenômeno
É alimentar a natureza da alma.

Muito bem, amigo, vamos marcar
Um outro encontro para prosseguirmos
Nesse belo diálogo que ajudará
Em muito, as pessoas que desejam aprender.( Asta luego)









de está ao seu lado fazendo parte dessa riqueza literária.
LeandroRecife
Enviado por LeandroRecife em 06/08/2010
Reeditado em 14/12/2011
Código do texto: T2422227
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