O AMOR, DONO DE UM DESTINO PRÓPRIO.

Nesse quase sacrifício do nosso amor, defrontamos com o infinito, impossível de ser compreendido. Com o infinito do amor, dono de um destino próprio, impossível de ser evitado por qualquer pessoa. E com o infinito de nós mesmo, fazendo parte das nossas próprias possibilidades.

.A situação é traumática. Tão traumática para nós, confrontados com o desejo inexorável. Nesses dois momentos o infinito se abate com toda a sua violência sobre os nossos sentimentos, e os ecos desses cataclismas nos sacodem a alma até agora.

O infinito da dimensão humana é o que dá aos indivíduos toda fluidez da busca, e a sua criatividade até o encontro. O infinito da dimensão humana é o que dá ao encontro das almas a sua singularidade, transformando este encontro num caso único. Um homem envolvido num amor onde os corpos ainda não se tocaram, não é um ser compreensível. Uma mulher que teme pelo amor que sente e o vê apenas intuitivo, virtual, não é um ser compreensível. Um desejo de amar por inteiro, que se agarra à esperança de um encontro real, mesmo sabendo da distancia, não é um fato compreensível. A intenção do desejo pelo outro não é oprimir a singularidade do amor, é libertar a alma de ambos abrindo sua consciência para a singularidade do encontro.Pois, é muito mais fácil - mas ao mesmo tempo muito mais pobre – amar a partir do toque dos corpos, em vez de, antes mesmo do encontro, relacionar-se e amar com a alma em chamas..