Estações...

Tantas caminhadas, tantas estradas

Longas, estreitas, sacrificadas, estafantes

Subidas tão ígrenes, súbitas descidas

Emburacadas, enlameadas, empoeiradas

As vezes floreadas, perfumando passos

Tanta chuva, tantos ventos, tempestades

De frio, calor, medos, fugas, arrepios

Coragens arrancadas do fundo de mim

Me levaram adiante me levam enfim

Vislumbrando primaveras, curtindo verões,

Passando outonos, invernos sem fim

Alcançar estradas, percursos amenos

Caminhos sem contramão

Agora que vislumbro tal façanha

Meu corpo as vezes me engana

Já não sou uma imagem da vívida

A mente viaja, escolhe e solicita

O corpo não mais entende, nubra

Tão longe de seu principio, minha estrada

Já vislumbro essa tal linha de chegada

Seguro tempo, foge-me o pensamento

Fecho os olhos se faz inverno em mim

Puxo minha manta, espero outra vez a primavera

Acho que nevou... meus cabelos ficaram brancos!

Terê
Enviado por Terê em 15/08/2010
Reeditado em 16/08/2010
Código do texto: T2440140
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