REENCONTRA-TE

Ontem tive a ti, por perto,

O meu peito disparou como antes...,

A saudade se afastou, e te contemplei como nunca!

Teu cheiro estranho foi ao meu olfato,

O celeste dos teus olhos já não cintilava, luzia em cólera;

A tua presença estava mais arqueada...

Os teus pensamentos ganhavam corpo num falar desconexo.

Gesticulavas mencionando-te como vitima, na verdade o, és;

Vitima de tuas irreflexões, olvidaste, reações derivam das ações!

Movia-te como sempre, porém o teu caminhar denotava o esboço

Das tuas distorções, assim davas passos espiralados, sem norte,

Vestias branco, mas, até mesmo tua alva pele se mostrava escura!

Um sentimento forte me invadiu...

Na vontade de estreitar-te em meus braços, de outra vez me colar a ti,

Entretanto, o arrebatar desse sentimento me foi num todo distinto...!

Quantas foram as vezes que me desnudei diante dos teus olhos brilhantes,

Agora, naquele momento, eu via a ti, embora trajado totalmente à mostra,

Foi ali que te desejei muito mais que antes...!

Chorou os olhos de minh’alma ao ver-te,

Tua presença, ontem, me foi marcante,

Mas, o homem, ali junto a mim não era o mesmo!

E o sentimento arrebatador que àquele tu, me inspirou,

Foi a mais pura compaixão – Meu amor te seguirá,

Como sempre, amor que é amor nunca morre...

Nem cambia, nivela-se para amparar,

Entanto, não se coaduna com distorções e estacionamentos,

Mas espera seguro, pelo progresso certo daquele que ama!

Reencontra-te, e anda...!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 18/08/2010
Reeditado em 18/08/2010
Código do texto: T2444912
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