morricone's




     Algo me abala, bala na fagulha. Estávamos no Lino's, mesa fora do bar, roda de relembrar. Eu, Marcelo Varuker, Paulo Break, Regina, Francis, Flávio, Pier e a Janinha, castigando a memória com as sempre mesmas, e grandes,  memórias. E o Wallace de barman, aplicado até. Os Catalépticos cervejavam. Fernando Biriba & Fran deram as caras, e quase com bar vazio, chegou o Alec, com um papo de Fernão Capelo Richard Bach. De imediato, pôs-se a discutir com Cristian, vulgo Mirim, teorias cristãs, darwinismos & afins. Nas horas seguintes, sensações raras, mundos imundos em bares imundos, becos e mulheres de becos, cães famintos e crianças drogadas. Nem Tzara atiraria tantos dados e dardos. Coisas que sempre vi, mas, abalo descrito, não resisti. Perdi a conta e o controle dos universos que nos cuspiram. Supernovas & supervelhas me retrouxeram até a matéria. Carne, escárnio, bebedeira: big-bang num bang-bang de terceira.




 

2/2/2002
Lucas de Meira
Enviado por Lucas de Meira em 20/08/2010
Reeditado em 04/01/2020
Código do texto: T2448327
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