cem anos de solidão - jade

Cem anos de solidão - jade

Minhas lembranças de tempos tão longínquos

Parecem sonhos calmos, sombrios e felizes

O sol nem é importante qdo estamos contentes

É possível viver sem o sol da poesia

Quando nos sentimos aquecidos por dentro

Minhas lembranças de tempos tão singelos

De ventos fortes, frios e silêncios e olhares

Apaixonados

Ventos que interferiram na direção

Das correntes marítimas vistas em segredos ...

Segredos dos amantes ... Para nunca mais ...

Serem revelados

Todas as paredes amarelas se moviam

Hipnotizadas pelo calor de cada amante

A troca ... O vento ... O mar ... A vida

Que passa e muda tudo do lugar

Bagunça um coração, mas no outro

Nem toca ... Não expande, não contrai

Não esquece nem desaquece .. Só recorda,

Quando a rotação da Terra pára com

Um lamento veemente.

Oh .. as lembranças de tempos tão distantes

Hj apertam o lado esquerdo do peito.

Forçam delicadamente o presente .. Meio que dizendo:

E aí? E eu sem saber o q responder ...

Poderia sim cobrir com outras cores o hoje

Visitar outras freguesias

Me embriagar com outras paisagens

Outros afazeres

Ficar alheada tv por cem anos de solidão...

Mas hj sei ... aquelas lembranças voltariam

Doces ... calmas se acomodariam novamente

Na minha alma, estampariam a minha retina

Os segredos dos amantes a passearem

Entre as paredes amarelas

Embebidas de maresia, vento, liberdade e

Tanta vontade de abraçar a emoção contida ali,

Que nunca mais voltou ...

Ana Lã
Enviado por Ana Lã em 22/08/2010
Reeditado em 22/08/2010
Código do texto: T2452967
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