Aquela que ouve
 
 

Adeus, Sammy Applegreen.
As sementes de nossas almas,
Nas mãos do jardineiro misterioso,
Com as mãos enrugadas de memórias,
Deitadas em estações onde os ventos não varrem
O amarelado do entardecer.
  
A tela surrealista destes sonhos,
Sussurros
Não mentem!
Nem mentem teu olhar
Ou teu sorriso,
O toque suave de tuas pétalas
Embrulhadas em lenços de maçãs.
  
Adeus, Sammy Applegreen.
Foi profetizado que limparás
A neve sobre meu mármore.
 
O bordado dourado da felicidade
Nos campos mornos da primavera
Protegem teus pés
Que descalços passeiam
Silentes
Tal passo de felino vigiando fadas no jardim...
 
O sol banha tua face
Aquece este inverno em minha alma
No mais...
No arfar das ondas...
Ouçamos as gaivotas sobre nossas cabeças.
  
As palmas das minhas mãos.
Os mistérios dos teus desejos.
As Estações.
Aquela que ouve.




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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 04/09/2010
Reeditado em 23/11/2018
Código do texto: T2478509
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