Teu branco espaço

Se for pra ficar

nos teus brancos espaços,

invento rápido

um preguiçoso cansaço;

porque gosto de te preencher

e ficar entre a tua vírgula

e o teu solitário ponto.

Faço ligeiro de ti,

um belo poema ou então,

apenas um conto;

conto pra todo mundo

a rima rica que és

e falo pra quem quiser,

que rimo no rumo teu.

Se for pra ficar

nos teus brancos espaços,

esqueço réguas e compassos

e à mão livre, faço

a mais bela estrela que existe;

do céu, do mar, tanto faz.

Uma estrela poema farei

e no teu espaço tão branco,

a branca paz, ganharei.