Foto: Vasco Ribeiro - Baía do Seixal - Lisboa - Portugal.


Impressões digitais que deixamos pela vida, de quem encontramos, esbarramos, de quem cuidamos.

 De lugares que visitamos, vivemos, convivemos, sonhamos, caminhamos.

Marcas nos acontecimentos. Imagens que sinalizam uma vida, que se é que se foi que buscamos.

O ponto das estórias em algum momento. O caminhar dos homens em busca da perdição, embalados pelas etiquetas, a destruição em busca da evolução.

Declaramos apoio às impressões do amor, mas, apagamos os dedos quando precisamos assinar.

A humildade, o bem-querer, se doar, a busca de virtudes na personalidade de cada impressão digital.
Cuidados com as maravilhas da vida. Onde? A degradação a favor da poluição, impregnada pela nossa mão.

O passado escreveu dores assinadas por impressões frias.

O futuro espera evitar.

O presente está assinado em branco, por que a tinta do amar se faz transparente.

Respiramos, mas não inalamos os odores das dores que estão ao nosso lado. O perfume diário é mais fácil de usar.

Vemos, mas nossa correria não nos permite enxergar. Óculos escuros descolorem a fome, a sujeira, a morte.

Queremos abrir os olhos do coração, da educação, queremos viver, mas não conseguimos, não sabemos onde encontrar as novas impressões e estamos nos confundindo.

Confundimos porque o amor secou como uma tinta. Desligamo-nos de tal forma do sentir, e não conseguimos nos diluir.

O amar, ressurgir, recuperar, novamente recomeçar, em uma nova carimbeira se instala, se formula, em novas tintas, novas cores, querendo evitar as dores. 

Expostos nas vitrines da vida, lindos corações prontos para a humanidade se impregnar com seu amor e novas vidas marcar.

Assinar acontecimentos em calor, bondade e união.

Nos dedos do amor - Novas impressões digitais!