De que são feitas as nuvens.

O dia por de trás da cortina da noite

Parece trazer um breve alivio

Uma leve dor, leve, leve.

Então leve minha dor

O sol já se tornou tão estranho

E sozinho agoniza no horizonte

E o que antes era alegria

Agora liquidamente escorre pelos olhos

Foi o tempo dos sorrisos gratuitos de criança

Meu reflexo me culpa, me cura e me amotina.

Tempos distantes de um futuro inacabado

Que inesperado se tornou passado, se tornou pesado.

E nos ombros insuportável

Aguarda o que escapa pelos dedos

Caindo, caindo, indo, nunca mais voltando.

De onde nunca deveria ter ido

E eu espero pela forma mais sutil de viver de seu exílio

Do meu exílio... Sem seu auxílio

Mãe, de que são feitas as nuvens?

Porque cair dói tanto?

Mãe, eu tenho frio.

Os sonhos me levam e me trazem

Eu disse que iria voltar, não disse?

Mãe?...Mãe?...Mãe?...Mã...

Cláudio Saiere
Enviado por Cláudio Saiere em 17/09/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2503402
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