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Irmãos distantes
Belos, opostos, fiéis
Clara, brilhante
Escuro que cintila
Alvorada e entardecer
Pardais e andorinhas
Inocência, saber
Masculino, feminino
Calor, frio. vazio, cheio
Alto e baixo que se misturam
Em um só ponto do caminho
De estio ou tempestade. Sol, lua,
Yin e yang.

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Às vezes fico pensando em Deus criando... Ele, como escultor, amava o barro. Ele tinha o material e começou a modelar. Mas Ele teve dúvidas... Será que assim fica bom? Não seria melhor assim? Mas de ambas as formas está lindo... Pele clara ou escura? Agitação ou tranqüilidade, qual dos dois ponho em maior quantidade? Ou coloco em partes iguais? E de que cor pinto esta peça? Claro ou escuro? Faço alto ou baixo? Quente ou frio? No chão ou no ar?
Mas Ele juntou opostos e tudo ficou bom e Ele viu que era bom.
Por que reclamamos? Existirá beleza maior que as diferenças? Bendita diferença entre mim e você, entre a vontade inata de escrever e o desejo fervilhante de ler! Entre a azáfama para tudo resolver e a tranqüilidade de deixar assim, como está... estresse e  zen...
A beleza de sermos parte Yin e parte Yang, parte homem e parte mulher, parte mulher e parte homem. Aproveitar o refinado, magnífico, magnético e incomparável gosto de Deus é um ato de coragem e aceitação.

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Publicado no livro Água, Terra, Fogo e Ar ( na galeria de livros à venda, ao lado, e no site nabocadanoite)


Imagem: photo.who