JÁ É TARDE!

Eu, outra vez, diante do mar,

A brisa, de além mar, me traz aromas mil,

Entre eles o teu perfume e muitas saudades!

Todos os dias o mesmo frenesi, e quando,

Tudo se desassossega ou ao fim do dia,

Como gaivota buscando com que se alimentar

Volto e me rendo, e serena queda minh’alma!

Se me perguntares, do meu encanto,

Não saberei responder-te, o por quê!

Sei somente que entre a ribalta reluzente e

O horizonte tirante a negro, eu, a esperar,

Ao sopro dos ventos em segredo me confessesando às ondas.

Numa nesga do tempo,

Mais um dia e outra noite, se, findam,

E tu, nem sei...!

Perambulando nas águas sob o luar,

Eu, ouvindo os ventos e esperando...,

Mas, já é tarde,

Talvez tarde de mais, quem sabe,

Por que eu já nada mais sei!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 22/09/2010
Reeditado em 22/09/2010
Código do texto: T2513932
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