Os dias não são iguais

Nenhum dia é como outro qualquer
Sei, no entanto, que nunca haverá um dia se quer,
Quando não pensarei mais em ti
Quando não sentirei mais saudade
Quando não te amarei mais

Que te digam os meus versos
O derramar incessante de minha alma
O bradar constante do meu amor
O grito retumbante do meu coração
Traduzindo em palavras
A dor indelével do meu peito

Não posso lamentar eternamente a ausência tua
Entretanto, nada me impede de desejar-te por todo o sempre,
Na minha vontade diária de ter-te nos meus braços
De encontrar na tua boca o beijo cálido
E tua libido ávida por um acasalar apaixonado
Ou uma sofreguidão contida a esperar do meu corpo
O deleite do teu ser

Minhas mãos a explorar tuas curvas
Minha boca a galgar teus montes
E assim me perder nos teus caminhos
E então tragar delicadamente as tuas entranhas
E em meio a uma chuva de estrelas
Fazer-te sentir, no âmago, o prazer.

Os dias não são iguais
Não
Os dias não são iguais
Contudo, o meu amor por ti
É tão igual, seja o dia qualquer
Pois não te esqueço, nunca, um dia se quer.