Três Perdidos Numa Noite Suja.

Três caras, três reais em três carteiras.

Três neurônios, três centelhas de raciocínio dispersos no espaço-tempo.

Três caras, três mães, três pais.

Três formas de vida perdidas numa noite suja.

Plínio Marcos morreu, assinado: Deus.

Internamente sorriu quando lhe disseram que as porteiras a partir de então estariam abertas.

Veio a noite. A circunstância...

Bateu em disparada... Desentendimento... Desconhecimento...

Um bar. Moscas companheiras zanzam espreitando copos sujos na pia.

Uma delas se suicida em meu copo.

Absorvo seu corpo junto à bebida.

Os olhos chafurdam-se na madrugada. Segunda dark; terça insana; quarta débil; quinta infernal; sexta aniquiladora; sábado negro e domingo enfermo...

Savok Onaitsirk, num dia qualquer...

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 07/10/2010
Código do texto: T2542394
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